A autoridade da Bíblia na pós-modernidade

em 07 janeiro 2019





A partir do século 21, uma ênfase de tradição sagrada tem como inicio de construção de pensamento toda e qualquer reflexão sobre o modo que a igreja deve vivenciar e testemunhar no segmento pós-moderno, através de uma reflexão criteriosa, de considerações acadêmicas sobre a ascensão, as suas raízes filosóficas e as suas implicações culturais do segmento pós-moderno em seu sentido histórico, entendendo que através de um estudo criterioso sobre o assunto de que o termo pós-modernidade em uma analise e um termo difícil de definir.



Entretanto, é evidente que algum segmento importante aconteceu nas culturas das gerações antigas, de tal maneira que tentar definir o que de fato marcou todas as gerações passadas continua sendo difícil de especificar e definir mesmo com a chegada do século 21.



Provavelmente a característica marcante da pós-modernidade seria a sua rejeição ao termo uniformitarismo. O termo uniformitarismo se refere a insistência de que existe apenas uma maneira correta de pensar e um único modo correto de se comportar.



Para os autores pós-modernos, esse tipo de comportamento e de atitude tem suas raízes filosóficas do nazismo e do estalinismo, no qual os autores pós-modernos consideram esse tipo de comportamento inaceitáveis dentro do uniformitarismo.



A exigência de comportamentos e de atitudes de uniformidade conduz á comportamentos e atitudes de repressão, até porque a uniformidade forçam as pessoas a se encaixarem em molde único e previamente concebido.



Para entendermos melhor como esses comportamentos e atitudes funcionam para a maioria dos filósofos pós-modernos o termo "o outro" e de maneira reduzido ao termo "ao mesmo". Podemos observar que no pós-modernismo uma reação a esse tipo de comportamento e atitude conduz para o raciocínio considerado opressivo.



Com o inicio da pós-modernidade se desenvolveu um pensamento e uma atitude cultural que se alegra na diversidade e procura debilitar a posição dos que propõem comportamentos e atitudes rígidas, restritivas e opressivas.



Esse típico comportamento de atitudes pós-modernas é uma reação ao comportamento de atitudes do modernismo, que tentou reduzir todos os comportamentos e atitudes apenas a um conjunto de uniforme de ideias e que agora é entendido como uma tentativa de controlar e dominar as pessoas, seria uma forma de comportamento e de atitudes de estalinismo cultural que ficou caracterizado por sua constante recusa em permitir a diversidade em nosso conhecimento de mundo e do mundo.



Entendemos através desse comportamento de atitudes o outro lado da moeda, até porque toda moeda tem dois lados e todo argumento tem contra argumento, que a liberdade das pessoas depende da identificação, da contestação e da subversão desses "pensamento e atitudes controladoras".



Também quero ressaltar que o pós-modernismo também tem as sua próprias narrativas que não está imune de críticas. Alguns dos pensamentos e atitudes do pós-modernismo se tornaram a ortodoxia dominante no contexto de alguns segmentos da cultura, levantando questionamentos pertinentes por parte das pessoas que discordam do seu "panorama de realidade" que a pós-modernidade se propõe.




Estudo de Caso - O Relativista



O termo relativista se refere a pessoa que todos os seus pontos de vistas sobre determinado assunto são válidos, entretanto pareçam incompatíveis.



O comportamento e a atitude relativista tem o seu fundamento, em uma analise e compreensão subjacente de realidade, esse tipo de comportamento e atitude entra em conflito com outras maneiras de comportamento e atitude como o modernismo e o pós-modernismo que considera a realidade aberta, pelo principio da experiência e à discussão pública. Ou seja, alguns relativistas, modernistas e pós-modernistas podem ter o comportamento, mas não a atitude, outros podem ter a atitude mas não o comportamento.



Ambos os grupos estão abertos a ambiguidade, mas isso e certo, não e uma tarefa fácil definir o que de fato seja a pós-modernidade. A maioria dos estudiosos da pós-modernidade afirma que esse pensamento e atitude resiste, a todas as formas de definição.



O que eu quero fazer é oferecer uma espécie de descrição, e até mesmo um esboço, do que seja a pós-modernidade. Vamos ler e examinar juntos 4 fundamentos da pós-modernidade com clareza e perspicácia pelo teólogo Kevin Vanhoozer.




"O complexo fenômeno da pós-modernidade pode ser reduzido ás quatro críticas que o pós-modernos fazem ás moralidades antigas de pensamento".




Meu trabalho será analisar a pesquisa de Kevin Vanhoozer, é trabalhar o pensamento pós-moderno em oposição a verdade relatada na bíblia.




Fundamento 1 - A razão



Kevin Vanhoozer informa que a abordagem moderna que raciocina com base em argumentos, é vista com suspeita pelos autores pós-modernos. Enquanto a modernidade cria uma razão universal única, a pós-modernidade afirma que são vários os tipos de racionalidade. Veja a Citação de Kevin Vanhoozer.



"Os pós-modernos negam o conceito de racionalidade universal; a razão é antes contextual e relativa".



Vamos ler o relato bíblico sobre o fundamento da razão em Jó 33.12


Nisto não tens razão, eu te respondo; porque Deus é maior do que o homem.




Fundamento 2 - A verdade



Kevin Vanhoozer relata que a pós-modernidade, desconfia da ideia de verdade, dada a forma em que ela tem sido usada para legitimar a opressão ou justificar interesses pessoais. Veja a Citação de Kevin Vanhoozer.




"A verdade para os pós-modernos é uma história de caráter coercitivo relatada por pessoas em posição de poder com o propósito de perpectuar sua maneira de ver e organizar o seu mundo natural e social".




Vamos ler o relato bíblico sobre o fundamento da verdade em 3 João verso 12


Quanto á Demétrio, todos lhe dão testemunho, até a própria verdade, e nós também damos testemunho; e sabes que o nosso testemunho; é verdadeiro.




Fundamento 3 - A História



Enquanto os autores modernos procuram encontrar padrões universais na história, Kevin Vanhoozer faz o seguinte relato. Veja a Citação de Kevin Vanhoozer.



"A pós-modernidade não crê em argumentos que se proponham recontar a história universal".




Da perspectiva apologética, essa postura argumentativa tem como implicação que qualquer tentativa de ver um significado universal na narrativa sobre Jesus Cristo será entendida com imensa suspeita por algumas pessoas no atual ambiente cultural que vivenciam. Vamos ler o relato bíblico sobre a história do argumento humano em 3 João verso 8.



Portanto, devemos acolher esses irmãos para nos tornarmos cooperadores da verdade.



Fundamento 4 - Eu



Todas as maneiras de compreensão do indivíduo estão abertas e são parciais. Não existe uma resposta universal à questão da identidade das pessoas. Veja a Citação de Kevin Vanhoozer.



"A pós-modernidade rejeita a ideia de que exista um modo verdadeiro de recontar a própria história e, portanto, a pós modernidade conclui que não existe um modo verdadeiro de narrar a própria identidade".



Vamos ler o relato bíblico sobre o fundamento do eu  em 3 João verso 4.


Não tenho maior alegria do que está, a de ouvir que meus filhos andam na verdade.




A analise de Kevin Vanhoozer é importante porque nos ajuda a identificar os empecilhos e as suspeitas que algumas antigas abordagens apologéticas e evangelísticas encontraram em um contexto cultural pós-moderno. Entretanto, é importante que se dê atenção a duas perspectivas.




Perspectiva 1



Não devemos pensar de nenhuma maneira que a pós-modernidade defina o que é "certo" e "verdadeiro". Vamos ler o relato bíblico em uma definição do que é certo e verdadeiro em 3 João  versos 1 ao 3.


O presbítero ao amado Gaio, a quem eu amo em verdade. Amado, acima de tudo, faço voto por tua prosperidade e saúde, assim como é prospera a tua alma. Pois fiquei sobremodo alegre pela vinda de irmãos e pelo seu testemunho da tua verdade, como tu andas na verdade.



Devemos entender que o pós modernismo é um estado de espírito cultural plasmado por determinados valores e crenças. Assim como o pensamento e a atitude modernista, a pós-modernidade se refere a uma perspectiva secular; entretanto a pós-modernidade não é nem contra nem a favor do cristianismo.



A pós-modernidade descreve o contextos cultural em que devemos fazer ações apologéticas e evangelísticas.




Perspectiva 2



A maioria das estratégicas apologéticas e evangelísticas que entendemos ou consideramos como sendo algo "tradicional" são na sua verdade, criações recente e respondem a um contexto cultural modernista. Vamos ler o relato bíblico de tradição repassada para outra tradição em 2 João versos 1 ao 4.



O presbítero á senhora eleita e aos seus filhos, a quem eu amo na verdade e não somente eu, mas também todos os que conhecem a verdade, por causa da verdade que permanece em nós e conosco estará para sempre, a graça, a misericórdia e a paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor. Fiquei sobre modo alegre em ter encontrado dentre os teus filhos os que andam na verdade, de acordo com o mandamento que recebemos da parte do Pai.



Os apologetas e evangelistas que se propuseram a interagir com a modernidade criaram estratégias adaptadas especificamente aos pressupostos modernos priorizando, sobretudo, o uso da razão.



Precisamos entender que é possível elaborar abordagens apologéticas de um lado da defesa do evangelho, e de outro lado um eficaz anúncio fiel a mensagem do evangelho relatada na bíblia, mas também saber trabalhar a apologética é o anuncio do evangelho que se adaptam a situação cultural vigente, sem deixar a verdade da bíblia de lado e nem corrompe-la.



Através disso, quero afirmar que podemos fazer o uso do método da apologética tradicional e do evangelismo tradicional, e ao mesmo tempo que devemos responder às mudanças do contexto cultural a que essa apologética e esse evangelismo se dirige.



Uma estratégia que não podemos adotar e querer construir uma estratégia apologética e evangelística criada para entender o racionalismo do século 18, e com ela defender a fé cristã diante da sociedade do século 21, para essas pessoas o racionalismo é limitador e ultrapassado. Vamos ler o relato bíblico em 1 João 5.6.



Este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo, não somente com água, mas também com a água e com o sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade.


Precisamos entender que a pós-modernidade não se sente à vontade e não concorda com o argumento racional. Vamos ler o relato bíblico sobre o argumento racional em 1João 4.6



Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.



Entretanto, a pós-modernidade se atrai por histórias e imagens. A pós-modernidade está interessada em uma verdade que se mostre capaz de ser vivenciada do que uma verdade que possa ser provada através do argumento racional. Vamos ler o relato bíblico sobre a verdade vivenciada em 1 João 2.21



Não vos escrevi porque não saibais a verdade; antes, porque a sabeis, e porque mentira alguma jamais procede da verdade.


Isso nos ajuda a entender que a verdade do evangelho vivencial enfatiza a importância de uma vida fiel aos ensinamentos do evangelho em seu todo e não em apenas as suas partes, por isso que o anuncio do evangelho vivencial conquistou influência no século 21.



Através do evangelho vivencial, somos confrontados a não somente anunciar e defender o evangelho, mas também praticar o evangelho vivencial. Ou seja, uma verdade não anula a outra dentro do evangelho, elas se complementam e se tornam o todo.



Através dessa pratica, muitos pós-modernistas tem se convertido a esse evangelho vivencial que é um evangelho de uma vida de verdadeira comunhão a Jesus Cristo, e de conformidade com a os relatos bíblicos. Vamos ler o relato bíblico do convite do evangelho vivencial em 1 João 2.8


Todavia, vos escrevo novo mandamento, aquilo que é verdadeiro nele e em vós, porque as trevas se vão dissipando, e a verdadeira luz já brilha.


Devemos entender que a ascensão da pós-modernidade poderá mudar algumas estratégias a serem adotadas pelos apologetas e evangelistas, mas essas estratégias não invalidam os propósitos e os fundamentos intelectuais da apologética e nem do evangelismo.




Devemos entender que os princípios fundamentais sobre a autoridade da Bíblia na pós modernidade continuam os mesmos.




Compreensão 1 - Compreender o Evangelho



Compreender o evangelho. Vamos ler o relato bíblico sobre compreensão do evangelho em Marcos 16.15


Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.




Compreensão 2 - Compreender o contexto cultural



Compreender o contexto cultural em que se realiza a apologética e o anúncio do evangelho. Vamos ler o relato bíblico sobre compreensão vivencial do evangelho em 1 João 2.4-5


Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, nele não está a verdade. Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus.




Compreensão 3 - Criar e desenvolver estratégicas apologéticas e evangelísticas



Criar e desenvolver estratégias apologéticas e evangelísticas fieis ao evangelho, ter conhecimento sobre o termo "terreno comum" que se refere a práticas dentro do contexto cultural, e quem é o meu "ponto de contato" que se refere ao meu público  dentro do contexto cultural. Vamos ler o relato bíblico de como desenvolver o anúncio do evangelho em Lucas 7.22


Então, Jesus lhes respondeu: Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o evangelho.




Frase: Podemos passar toda a nossa vida acumulando conhecimento e mesmo assim nunca desfrutar de um relacionamento pessoal com Deus. Felipe Marques.





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Foto: Pixabay
Tradução Bíblica: (ARA) Almeida Revista Atualizada Editora Sociedade Bíblica do Brasil.
Fonte: Inspirado no Livro Apologética Pura e Simples Editora Vida Nova.
Citações de Kevin Vanhoozer:  Retiradas da Theology and the condition of postmodernity. Cambridge University Press.




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